Desconstruir o Des Cons Tru Ç ão
Já há algum tempo arrumei a casa e coloquei num só post algumas das críticas que o cd Desconstrução de Eugénia Melo e Castro tem vindo a recolher desde 2004. Passado algum tempo e com novas críticas recolhidas em revistas, jornais, blogs, sites, etc, etc altura mais que ideal para uma nova actualização do que se tem vindo a dizer sobre este disco ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL. Para ler na íntegra os artigos, já sabe, é só navegar no histórico deste nosso cantinho:
Com "Desconstrução", a cantora portuguesa realiza um dos seus grandes sonhos, o de gravar a música de Chico, com a participação do mesmo. Para além de Chico Buarque, Melo e Castro conta com a participação, em "Bem querer/Futuros amantes", de Adriana Calcanhoto, num disco feito de muito bom gosto e charme, em que os arranjos são dignos de destaque. mAGAZINE artes
Um CD maravilhoso! É essa a qualificação mais apropriada para o álbum Desconstrução que a cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro lançou, no final do ano passado, através do qual mergulha nas canções de Chico Buarque. Vários artistas já fizeram discos revisitando a obra musical do poeta. Poucos, contudo, foram tão felizes quanto Eugénia. Dona de uma voz potente e afinadíssima, a cantora construiu um disco fantástico, reunindo canções de diversas fases do compositor e revestindo-as com arranjos modernos e vigorosos. Um belo e luxuoso trabalho de fazer morrer de inveja certas cantoras brasileiras que mais aprontam do que cantam...Por Rubens Lisboa
Em "Des Cons Tru Ção", o seu novo disco, Eugénia trabalhou a obra de autoria de Chico Buarque, tendo a ousadia de intervir na obra de Chico Buarque. Tornando-o mais "português", contando com a ajuda de Eduardo Queiroz na produção e com a ajuda de dois monstros da música brasileira, cada um de uma geração diferente, falamos do próprio Chico Buarque que participa vocalmente em dois temas do disco e Adriana Calcanhoto que canta num dos temas de "Des Cons Tru Ção". Um regresso em grande desta artista que sempre procurou a diferença e a perfeição, desta feita parece realmente que quase a alcançou. Blog A das Artes
O sotaque luso já está acostumado ao repertório verde e amarelo. Desde cedo Eugénia Melo e Castro descobriu a música brasileira e, por diversas vezes, interpretou a obra de nossos maiores compositores. Dessa vez Eugénia dedica um CD inteiro com a música de Chico Buarque de Hollanda. Em um disco acústico com direito a cordas e sopros de tom camerístico, Eugénia passeia por várias fases da carreira de Chico Buarque, partindo das lembranças da infância ao som de A banda passando pela crítica social de Construção até românticas como Olhos nos olhos. Eugénia mostra conhecimento da obra de Chico e junta países e sotaques na música. Beto Freitosa
Gravar Chico Buarque, o grande compositor da Alma Feminina, é o sonho de qualquer cantora. Mas Eugénia Melo e Castro não é uma intérprete qualquer ( ) o albúm Des cons tru ção no qual ela canta 17 temas de Chico, soa natural, um feliz encontro valorizado em arranjos delicados. Com um reportório irretocável, Eugénia deita e rola com sua voz firme e Cristalina ( ) Imperdível. Revista UMA
Des cons tru ç ão é um disco acústico, quase camerístico, refinado, em que voz e arranjos estão a serviço da beleza intrínseca de canções como Teresinha, Soneto, As Vitrines, Maninha, Basta um Dia, Atrás da Porta, A Mais Bonita e a pouco conhecida Trapaças. Lauro Lisboa Garcia
O disco mostra uma série de alterações harmônicas nas canções do Chico autor padrão que guiou a escolha do repertório. "Olê, Olá" ganhou um fundo percursivo bem marcado e declamação. Em "Bem Querer", há um acordeão que se sobressai e um belo duo com Adriana Calcanhoto. Juntas, elas cantam e entrecortam a canção com versos de "Futuros Amantes". Com Chico, Castro faz em "Bom Conselho" uma das mais bonitas canções do disco. Janaina Fidalgo
E nem precisava de ter a Adriana Calcanhoto ou o próprio Chico Buarque, como tem, para eu me convencer da qualidade do resultado. Dizia o João Gobern que Chico dá o aval: canta em dueto por duas vezes. Adriana Calcanhotto é a cereja no topo do bolo. Eugénia Melo e Castro é, em crescendo, motivo de festa. Vamos? Vamos pois. Temos Eugénia por mais 25 anos de carreira. Adolfo Mesquita Nunes
Tudo o que é indispensável para um cantor, ou que seja cantora, abordar o maduro, seguro, aventureiro e sensível autor que é Francisco. Capaz do golpe certeiro de "Construção" e do postal iluminado de "Brejo da Cruz", do amor em perda do "Gota de Água" e do feminino singular de "Com açúcar, com Afeto" ou de "Teresinha". Tudo ressurge agora, aqui, à medida de Eugénia e da sua voz, sempre menina as mais certeira do que nunca no registo, e dos arranjos, que ajudam a reinventar uma dúzia de obras-primas. João Gobern
Músicas de Chico Buarque interpretadas no delicioso sotaque português de Eugénia Melo e Castro são o desassossego do CD Desconstrução. Para apreciar acompanhado de um Porto ou um bom tinto português. Diário OnLine Brasil
Eugénia pegou em 15 temas sólidos, desmontou-os e voltou a compô-los, com a mesma essência mas uma nova estrutura. As alterações foram radicais e, não fosse a imutabilidade das letras, as músicas pareceriam completamente novas. Jornal on-line da Ubi, Covilhã
Intimista, clássico e imbuído de poesia, "Desconstrução" vale precisamente pela ousadia dos arranjos e da intervenção autoral, bem como pela selecção brilhante do repertório de Buarque que, por ser tão vasto, não terá tornado fácil a missão. Correio da Manhã
Quem ouvir Des Cons Tru Ção vai deparar com versões arrojadas de temas conhecidos, mas desta vez com uma segurança que Eugénia não atingira nunca ao abordar o reportório brasileiro. Sem tiques desnecessários, com clareza, bom gosto e contenção no fraseado mantendo sempre a pronúncia de Portugal, mesmo quando poeticamente se afigura difícil ou arriscado. Nuno Pacheco
Só que a maior subversão de Eugénia é entoar o cancioneiro de Chico de forma menos dramática. Integrando cordas e sintetizadores, a cantora veste Terezinha (1977) com traje camerístico e mostra Olhos nos Olhos (1976) em atmosfera rarefeita, na contramão dos registros teatrais da música. Um dos achados de Des Cons tru ç ão é unir Bem Querer (canção de 1975, feita para a trilha da peça Gota d´Água) a Futuros Amantes (1993) pelo fato de as duas letras projetarem a vivência do amor idealizado para o futuro. Adriana Calcanhotto participa da faixa, se alternando com Eugénia no canto e na récita de versos das duas belas canções. Construção (1971) é outro destaque do CD de Eugénia, com batida seca que realça a natureza implacável do destino traçado na engenhosa letra. Mauro Ferreira
A audição atenta do "Desconstrução" revela pequenos tesouros. E a cada audição, mais se revela a Eugénia interpréte, uma cantora fascinante, que se torna assim quase que uma co-autora das canções clássicas do Chico. Eloy Varandas
"Desconstrução" surpreende por revelar como novas, musicas sobejamente conhecidas por todos. Como se o universo de Chico, tantas vezes revisto, conhecesse agora a versão definitiva. Jonas Santos
A cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro, profundamente ligada à música brasileira, é uma subversiva confessa. Em seu novo disco, Des Cons Tru Ç Ão, não hesitou em ousar, literalmente demolindo canções de Chico Buarque e as reorganizando e reconstruindo, o que resultou em novas, inusitadas e saborosas sonoridades. Trabalho de primeiríssima linha. Toninho Spessoto
Em Desconstrução, o belo e luxuoso novo disco da cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro, a obra de Chico Buarque é revolvida e remodelada sem agredir a essência. Tudo orquestrado com elegância e esmero. Tárik de Sousa
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